Explica melhor!

Em primeiro lugar Arduino é uma plataforma de prototipagem, ou seja, ela foi criada para se desenvolver protótipos. Originalmente feita para atender projetistas e designers que não tivessem algum conhecimento prévio de eletrônica ou programação. Está se identificando?

O Arduino hoje é encontrado em vários tipos de projetos. Ele, literalmente, ajuda pessoas criativas a colocar em prática suas ideias.

O Arduino tem seu coração num pequeno microcontrolador: um chip de circuito integrado com todas as funções básicas de um computador. Sendo assim, se o seu projeto precisa de um computador para funcionar, você pode embutir dentro dele um arduino. Imagine um carro que ofereça controle de velocidade, sensor de aproximação, monitoramento dos pneus, da temperatura interna e do motor, nível de gasolina e um monte de outros confortos. Certamente ele deve usar um computador de bordo. Da mesma forma, seu projeto pode ter um arduino de bordo. É a mesma coisa!

O Arduino é aberto. Tanto software (programação) quanto hardware (a placa física) estão em licença Creative Commons (veja mais aqui). Isto significa que você pode modificá-lo à vontade sem se preocupar. Mas não vamos fazer isso ainda. É muito complicado. O que queremos mesmo é ver a placa funcionando. Ao longo deste curso estaremos fazendo pequenas montagens para você se acostumar com o uso do Arduino. O objetivo é que você tenha alguma familiaridade no uso da placa, para que possa pensar em seus próprios projetos e como implementá-los.

Há vários modelos de placa Arduino e também várias versões genéricas da placa. Este curso está baseado numa placa genérica equivalente à placa Arduino Uno.

Toda placa Arduino possui uma entrada para alimentação (redonda e preta), uma entrada para cabo de comunicação com o computador (retangular metálica) e diversos pinos pretos quadriculados (nas laterais).

Como já dissemos, vamos pensar no Arduino como um computador. Todo computador possui entradas e saídas. Como assim? Bem, para você interagir com um computador você precisa de um teclado, um mouse, etc. Estas são as entradas. É por onde as suas informações “entram” no computador. Depois que o computador faz o que tem que fazer, ele te mostra o resultado na tela, ou na impressora, etc. Estas são as saídas, ou seja, é por onde as informações que você deseja “saem” do computador.

No Arduino as entradas e saídas são os pinos nas laterais (ver foto) além do cabo de comunicação com o computador, é claro. Vamos usar esses pinos e o cabo para fornecer informações ao Arduino (entradas) e para receber informações do Arduino (saídas). Então, nos pinos você pode conectar diversos tipos de dispositivos que funcionem como entradas de informações: sensor de luz, sensor de som, sensor de presença, etc. E, nestes mesmos pinos, você pode conectar dispositivos que funcionem como saídas de informação: um LED (aquele bichinho que acende), um motor, um display (aquelas telinhas de calculadora, sabe?), um alto falante, etc.

Para começar a fazer qualquer coisa com o Arduino você precisa de algum material: um computador (para programá-lo), fios ou jumpers (são a mesma coisa, só que jumper é mais bonitinho), protoboard (é uma placa onde você conecta componentes sem precisar soldar) e dispositivos de entrada e saída. Além do próprio Arduino, é claro. A sua criatividade é quem manda na hora de juntar todas estas peças. Mãos à obra!